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sábado, 30 de outubro de 2010

A Arquitectura Grega

A arquitectura Grega
Os gregos foram os primeiros artistas realistas da história, ou seja, os primeiros a se preocupar em representar a natureza tal qual ela é. Para fazerem isso, foi fundamental o estudo das proporções, em cuja base se encontra a consagrada máxima segundo a qual o homem é a medida de todas as coisas. Podem-se distinguir quatro grandes períodos na evolução da arte grega: o geométrico (séculos IX e VII a.C.), o arcaico (VII e VI a.C.), o clássico (V e IV a.C.) e o helenístico (do século III ao I a.C.)
   Na arquitectura, em contrapartida, o aperfeiçoamento da óptica (perspectiva) e a fusão equilibrada do estilo jónico e dórico trouxe como resultado o templo de Partenon de Atenas, modelo clássico por excelência da arquitectura dessa época. Foi a partir do aperfeiçoamento dessa forma básica que se configurou o templo grego tal como o conhecemos hoje. No princípio, os materiais utilizados eram o adobe - para as paredes - e a madeira - para as colunas. Mas, a partir do século VII a.C. (período arcaico), eles foram caindo em desuso, sendo substituídos pela pedra.

Templo de Partenon



Essa inovação permitiu que fosse acrescentada uma nova fileira de colunas na parte externa (peristilo) da edificação, fazendo com que o templo obtivesse um ganho no que toca à monumentalidade. Surgiram então os primeiros estilos arquitectónicos: o dórico, ao sul, nas costas do Peloponeso, e o jónico, a leste.
  

 

Os templos dóricos eram em geral baixos e maciços. As grossas colunas que lhes davam sustentação não dispunham de base, e o fuste tinha forma acanelada. O capitel, em geral muito simples, terminava numa moldura convexa chamada de equino. As colunas davam suporte a um entablamento (sistema de cornijas) formado por uma arquitrave (parte inferior) e um friso de tríglifos (decoração acanelada) entremeado de métopas.


 A construção jónica, de dimensões maiores, se apoiava numa fileira dupla de colunas, um pouco mais estilizadas, e apresentava igualmente um fuste acanelado e uma base sólida.



O capitel culminava em duas colunas graciosas, e os frisos eram decorados em altos-relevos. Mais adiante, no período clássico (séculos V e IV a.C.), a arquitectura grega atingiu seu ponto máximo. Aos dois estilos já conhecidos veio se somar um outro, o coríntio, que se caracterizava por um capitel típico cuja extremidade era decorada por folhas de acanto.
No mundo grego, os estilos eram identificados de acordo com as ordens arquitectónicas que regulamentavam toda a obra dos artistas. A ordem dórica é expressa por uma coluna simples, com caneluras profundas, sem base e encimada por um capitel. A jónica é mais fina e graciosa, tem coluna canelada e capitel com volutas.


A ordem coríntia, por sua vez, tem coluna bem canelada e capitel profusamente decorado com folhagens, o que o faz bastante diferente dos outros.



sábado, 23 de outubro de 2010

A Batalha de Salamina

A Batalha de Salamina é um dos episódios mais famosos da guerra entre os Gregos e os Persas. Após a morte de Dário, Rei dos Persas, em 486 a.C., sucedeu-lhe Xerxes, seu filho, que com uma atitude imperialista pretendia continuar com o plano de conquistar as cidades da Ásia menor e da Grécia Continental. Com o objectivo de conquistar a Grécia, Xerxes preparou um vasto exército com uma infantaria bem equipada e com 1207 barcos, em que a sua tripulação reunia persas, assírios, árabes, egípcios, lídios e indianos.
Formou-se a Liga de Delos constituída por várias cidades gregas como Atenas, Esparta e Egina que se uniram e preparam para oferecer resistência. O exército de Xerxes, saindo da Pérsia, atingiu a margem do continente vizinho, passou o Estreito de Helesponto e preparou-se para a conquista. Na passagem por Termópilas derrota os Espartanos e ao chegar á Península da Ática derrota também os atenienses e destrói grande parte da cidade de Atenas.
Para combater os persas, a frota grega se posicionou no estreito braço de mar a oeste da ilha de Salamina. Após doze horas de batalha, os gregos saíram vencedores. Provavelmente, o facto de os navios gregos serem menores e mais facilmente manobráveis foi decisivo para derrotar a esquadra de Xerxes. Com a vitória grega foi sustada a ameaça de escravidão na Pérsia, como também o avanço persa na Europa.
Os gregos, apesar da diferença numérica em relação aos persas e do grande poder bélico deste povo, conseguiram vence-los com inteligência, estratégia, coragem e velocidade.
A cidade foi reconstruída e assegurou a sua protecção com a construção de muralhas á volta do Porto do Pireu. No entanto, não conseguiu criar uma união pan-helénico e a rivalidade entre Esparta e Atenas revela ser a causa do fim da Grécia.
Esta Batalha foi importante para a História de Atenas visto que confirmou a independência da Grécia e colocou Atenas em posição de liderança e hegemonia.









 






sábado, 16 de outubro de 2010

"O Pensamento de Aristóteles"

  
      Aristóteles dedicou-se e estudou varias áreas das ciências. Aristóteles via o seu próprio pensamento como um ponto culminante no processo iniciado por o Filosofo Tales de Mileto, este foi o marco inicial da filosofia ocidental, foi o primeiro filósofo ocidental, também se debruçou sobre o pensamento filosófico da Lógica assim como Aristóteles.
        Aluno de Platão, Aristóteles discorda de uma parte fundamental da filosofia. Aristóteles só se integra na cultura filosófica europeia da Idade Média através de árabes no Sec. XIII. Para Aristóteles não é possível pensar uma coisa sem lhe atribuir uma substancia, uma quantidade, uma qualidade, uma actividade, uma posição no tempo e no espaço. Para Aristóteles há duas espécies de ser: os verdadeiros, que subsistem por si e os acidentes. Quando se morre, a matéria fica; a forma, o que caracteriza as qualidades particulares das coisas, desaparece. Os objectos sensíveis são constituídos pelo princípio da perfeição (o acto), são enquanto são e pelo princípio da imperfeição (a potência), através do qual se lhes permite a aquisição de novas perfeições. O acto explica a unidade do ser, a potência, a multiplicidade e a mudança.
Aristóteles é o criador da biologia. A sua observação da natureza, sem dispor dos mais elementares meios de investigação (o microscópio, por exemplo), apesar de ter hoje um valor quase só histórico não deixa de ser extraordinária. O que mais o interessava era a natureza viva. Um dos vectores fundamentais do pensamento de Aristóteles é a Lógica, assim chamada posteriormente (ele preferiu sempre a designação de Analítica). A Lógica é a arte de orientar o pensamento nas suas várias direcções para impedir o homem de cair no erro. O Organon ficará para sempre um modelo de instrumento científico ao serviço da reflexão. O Estado deve ser uma associação de seres iguais procurando uma existência feliz. O fim do homem é a felicidade. Esta atinge-se quando o homem realiza, devidamente, as suas tarefas, o seu trabalho, na polis, a cidade.
       Também na Poesia, o contributo de Aristóteles foi definitivo: ele estabelecerá as características e os fins da tragédia. Uma das suas leis sobre ela estender-se-á, por séculos, a todo o teatro: a regra das três unidades, acção, tempo e lugar.
       Na filosofia aristotélica a política é um desdobramento natural da ética. Ambas, na verdade, compõem a unidade do que Aristóteles chamava de filosofia prática.

  Aristóteles (384 a 322 a.c)