sábado, 21 de maio de 2011

A Arte Mudejar


Denomina-se Arte mudéjar ao estilo artístico que se desenvolveu entre os séculos XII e XVI nos reinos cristãos da península Ibérica, que incorpora influências, elementos ou materiais de estilo Hispano-muçulmano.
trata-se de um período da arte cristã no qual surge a decoração islâmica, que já era praticada pelos mudéjares (mouriscos), povos de religião e cultura islâmica que sobreviveram nos reinos cristãos após a Reconquista cristã dos seus territórios e que, mediante o pagamento de um imposto, conservaram o direito à prática da sua religião e um "status" jurídico próprio. Outros autores pretendem ainda que o estilo representa uma reacção cultural islâmica peninsular contra os estilos europeus que se afirmavam nos territórios reconquistados pelos cristãos.
A arte mudéjar não se constitui num estilo artístico unitário, apresentando características particulares em cada região. Nesse sentido, destacam-se o mudéjar toledano, o leonês, o aragonês e o andaluz.

Características
 De maneira geral, considera-se que a arte mudéjar caracteriza-se pelo emprego do tijolo enquanto material, com uma nova decoração superposta a elementos construtivos cristãos e muçulmanos.
O período mais expressivo na arquitetura mudéjar na Espanha são os séculos XII, XIV e XV, devido à qualidade e baixo preço dos mestres de obras de origem muçulmana frente aos congéneres cristãos. Os primeiros eram exímios no emprego do tijolo, um material de construção comparativamente também mais barato, e que permite a construção em prazos mais curtos.

Em Portugal também se conservam exemplos de arquitectura mudéjar, embora com menor intensidade e com uma decoração muito mais simples que na Espanha.  O mudéjar de tijolo encontra-se somente na Igreja de Castro de Avelãs, em Bragança,



Tecto em Mudejar


 Foi praticada sobretudo na Espanha pós-Reconquista pela abundante mão-de-obra moura e pelo seu peculiar sistema de trabalho que utilizava materiais mais baratos, acessíveis e de grande efeito ornamental.
  Na arquitectura mudéjar foram usados elementos estruturais tipicamente islâmicos como as torres-minaretes; os tectos com sistemas de armação em madeira, de tradição almóada; um fantástico trabalho de carpintaria; e composições formais e decorativas rítmicas.


 Web grafia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_mud%C3%A9ja
 Imagens: Google Imagens
 Livro História e Cultura das Artes

A escultura Gótica

A escultura gótica surge, numa primeira fase, intimamente associada à arquitetura das catedrais. No exterior do edifício são sobretudo as fachadas, principal e do transepto, nomeadamente os portais, os suportes para a implantação da escultura; à medida que se vão tornando mais complexas, também as empenas, rosáceas, tabernáculos dos arcobotantes e gárgulas das catedrais servem de suporte para a decoração das esculturas. Quanto à estrutura do portal, é constituída pelo tímpano, arquivoltas, mainel e ombreiras ou jambas, substituídas por estátuas-coluna. 
No interior o trabalho é mais reduzido, e sobretudo a partir do século XIV que a catedral passa a albergar mobiliário com relevo em talha (cadeirais do coro), estatuária devocional, altares e arcas tumulares. No seu conjunto, a escultura gótica pode ser agrupada em quatro tipologias. Sendo a primeira as estátuas-coluna, aplicada nas ombreiras do portal conferindo uma dimensão vertical ao pórtico, mas que progressivamente se vai autonomizado em relação ao seu suporte arquitetônico. 

O segundo elemento é o relevo escultórico, sobretudo no tímpano do portal. O terceiro, considera-se a escultura de vulto redondo, em especial estatuária de devoção, resultante da evolução das estátuas-coluna. O quarto item da tipologia é a escultura funerária, ou seja, arcas tumulares e estátuas jacentes.

Os temas mais comuns, sobretudo na fachada (portal), são os seguintes: Cristo em Majestade, associado ao Tetramorfo; Juízo Final; Virgem em Majestade, Vida da Virgem e Nascimento de Cristo - um tema introduzido por influência da difusão do culto mariano desde os finais do século XII - Episódios da vida dos santos patronos da respectiva igreja - associados a estes temas começa a ser mais comum a existência de relevos escultóricos e estatuária de carácter profano. Se a estátua-coluna e o relevo têm uma relação de dependência com o respectivo suporte arquitetônico, a partir do século XIV torna-se muito abundante a escultura de vulto redondo, estatuária de devoção associada às práticas da piedade individual e destinada a capelas ou oratórios privados. É sobretudo constituída por imagens da Virgem (Virgem com o Menino, Senhora do Ó ou Santas Mães, Pietà), de santos e crucifixos, e executada em materiais diversos, como a pedra, madeira, marfim, bronze, ouro e alabastro. Em termos de linguagem plástica, e no conjunto de toda a produção escultórica, podem ser definidas três tendências principais: Idealismo (séculos XII-XIII), com figuras estilizadas e ausência de expressividade dos respectivos rostos (serenidade inexpressiva); hieratismo das estátuas-coluna: ausências de movimento.

Apesar de terem mantido muitos aspectos que caracterizaram a escultura românica, como, por exemplo, a continuidade de uma relação de grande cumplicidade com a arquitetura, os artistas dos sécs. XIII e XIV alargaram o seu repertório temático, utilizaram um maior número de suportes e receberam da parte dos enco- mandadores uma atitude mais aberta em relação ao seu trabalho. Relativamente ao período anterior, registrou-se uma evolução, sobretudo, ao nível da composição, da expressividade, da monumentalidade das suas obras e da progres- siva aproximação ao real. Deste modo, a escultura gótica estabeleceu uma aproximação gradual à cultura humanística, assumindo um carácter mais naturalista na representação do rosto, do corpo humano ou da natureza, desenvolvendo novas capacidades expressivas e autonomizando-se em relação à arquitetura. Tendo conquistado o seu próprio espaço, a escultura atingiu uma concepção mais plástica, mais dinâmica e verdadeira. Uma das obras paradigmáticas desta renovação é a Morte da Virgem, do tímpano da Catedral de Estrasburgo. Aqui, a dificuldade de adaptação das figuras ao espaço arquitectónico, implicando em alguns casos a representação parcial das figuras, é compensada pela delicadeza com que os Apóstolos tocam o corpo da Virgem e pela emoção que se manifesta nos seus rostos. Também a forma como são tratados os cabelos e as pregas das roupas, evidenciando a anatomia dos corpos, é inovadora e faz-nos lembrar a arte clássica. Já a Anunciação e a Visitação esculpidas nas jambas do pórtico ocidental da Catedral de Reims libertaram-se da arquitetura para se converterem em esculturas de vulto redondo, firmemente apoiadas no solo, continuando um caminho iniciado em Chartres. Privilegiando uma aproximação ao mundo físico, as pregas da roupa deixam transparecer as anatomias que cobrem e, especialmente na Visitação, o escultor parece dominar completamente o modelo clássico.



Pieta
Webgrafia:
http://www.spectrumgothic.com.br/gothic/gotico_historico/escultura_gotica.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escultura_do_g%C3%B3tico
Imagens Google

Estilo Manuelino


O Estilo manuelino, por vezes também chamado de gótico português tardio ou flamejante, é um estilo arquitectónico, escultórico e de arte móvel que se desenvolveu no reinado de D. Manuel I e prosseguiu após a sua morte, ainda que já existisse desde o reinado de D. João II.
O Estilo desenvolveu-se numa época propício da economia portuguesa e deixou marcas em todo o território nacional.

 No seu conjunto, pouco muda relativamente à estrutura formal do gótico alemão e pitoresco. O alçado interior das igrejas mantém-se através da orientação este-oeste, da planta, dos sistemas de suporte e cobertura, do cálculo de proporções. As naves da mesma altura, influência das igrejas-salão alemãs, de cinco tramos, ausência de transepto e cabeceiras rectangulares são as principais características diferenciais. Apesar de ser essencialmente ornamental, o Manuelino caracteriza-se também pela aplicação de determinadas fórmulas técnicas da altura, como as abóbadas com nervuras polinervadas a partir de mísulas.

A arquitectura do gótico-manuelino integra-se no modo típico de construção do gótico e desenvolve a tendência da arte final deste estilo para a descompartimentação e homogeneização dos espaços interiores. Esta característica explica a preferência típica do manuelino pelas igrejas-salão.







 





Escultura  
No domínio da escultura, a arte renascentista portuguesa concentrou-se sobretudo na feitura de retábulos (estrutura de pedra ou madeira, ornamentada, que se ergue na parte posterior do altar e que contém normalmente um quadro religioso), imagens de santos e túmulos onde estão bem patentes duas das suas características fundamentais: a proporção e o realismo.


 
Na Pintura, a influência renascentista fez-se sentir sobretudo através da escola flamenga, graças às obras importadas da Flandres e à presença de pintores originários desta região da Europa. Essa influência revela-se na concepção do espaço, no emprego de motivos renascentistas na ornamentação de arquiteturas, em mobiliário, objectos vários e no realismo da representação da figura humana e da Natureza.

 Web grafia:
http://www.notapositiva.com
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estilo_manuelino
Imagens google associadas ao tema